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Fábio Carvalho participa da TRIO Bienal – Bienal Tridimensional do Rio de Janeiro
(10/8/2015)
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A TRIO Bienal, exposição que integra as comemorações do aniversário de 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, é uma mostra internacional de arte contemporânea em torno do tridimensional, com 170 artistas de 47 países. A bienal tem início no dia 5 de setembro e visitação até 26 de novembro.

A curadoria, a cargo de Marcus de Lontra Costa, sob o tema Quem foi que disse que não existe amanhã? – frase de uma letra do rapper Marcelo D2 – pretende discutir o momento de incerteza e de crise, tanto no Brasil quanto no mundo, e resume a persistência na procura de uma determinada arquitetura no caráter utópico da arte, recarregando fortemente a fé modernista em um mundo mais perfeito, a partir da falta de distinção entre arte e vida.

O artista carioca Fábio Carvalho integra o módulo Utopias, que acontece no Memorial Getúlio Vargas, na Glória. Além de Fábio Carvalho, neste módulo da TRIO Bienal estão também os artistas Afonso Tostes – BR, Ai WeiWei – CN, Alex Flemming – BR, Ana Miguel – BR, Anna Bella Geiger – BR, Cildo Meirelles – BR, Felipe Barbosa – BR, José Rufino – BR, Laerte Ramos – BR, Los Carpinteros – CU, Lourival Cuquinha – BR, Mauricio Ruiz – BR, Nelson Félix – BR, Tom Dale – US, entre muitos outros.
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Fábio Carvalho - Delicado Desejo n° 5, um dos trabalhos do artista que estarão no módulo Utopias da TRIO Bienal.

Fábio Carvalho será representado por um total de cinco obras. Da série Delicado Desejo serão apresentadas quatro peças — armas de fogo compostas por um patchwork de rendas diversas, com as quais o artista faz uma reflexão da mistura de fascínio e repulsa que muitos têm pelas armas de fogo, em especial no continente americano. Tal como nos EUA, também no Brasil as armas de fogo são símbolos de poder e força. No crime organizado, quanto maior o calibre e o poder de destruição de uma arma, maior é o status do indivíduo dentro da organização. E consequentemente, maior seu poder e território comandado.

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Fábio Carvalho - Eros & Psiquê, um dos trabalhos do artista que estarão no módulo Utopias da TRIO Bienal.

Além das quatro peças da série Delicado Desejo, será ainda apresentado o trabalho Eros & Psiquê — um fuzil de brinquedo de plástico, dentro de uma vitrine de madeira escura, similar às vitrines onde se exibem armas de fogo reais em coleções, sendo que o fuzil está cercado de borboletas monarcas de plástico, como se estas usassem o fuzil como pouso e abrigo.

O trabalho faz referências às eternas dualidades amor e ódio, sexualidade e agressividade, vida e morte, que como disse Rodrigues1, são forças que habitam o ser humano e estão presentes no cotidiano, tanto nos conflitos mais banais quanto nos mais mórbidos ou sublimes da humanidade. Tais pares de opostos estão misturados, amalgamados em tudo que o ser humano faz, pensa e sente. Essas polaridades são os cernes dos conflitos psíquicos. Em psicanálise, elas podem ser nomeadas pelos conceitos de pulsão de vida (Eros) e pulsão de morte (Tânatos). Já na mitologia grega, temos o mito de Eros e Psiquê, que dá nome ao trabalho.

Tanto os trabalhos da série Delicado Desejo, bem como Eros & Psiquê, são ainda uma crítica aos estereótipos de masculinidade, uma vez que as armas de fogo são também uma forma de demonstração ostensiva da virilidade de um sujeito. Só que em Delicado Desejo as armas são feitas de rendas delicadas, florais, que originalmente foram produzidas para serem usadas como apliques e ornamentação de roupas femininas, e em Eros & Psiquê o fuzil está de certa forma emasculado pelas delicadas borboletas, que normalmente estão mais associadas ao feminino do que ao masculino.
1 RODRIGUES, Samara Megume. Eros e Tânatos: nossas porções de vida e morte. site Roda de psicanálise, novembro de 2013. http://www.rodadepsicanalise.com.br/2013/11/eros-e-tanatos-nossas-porcoes-de-vida-e.html
 
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