Repensando alguns padrões
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padrões de design para a web
(artigo originalmente publicado no
site Aranha Internet e design)
Fábio Carvalho
21/10/2000
Li um artigo muito interessante, chamado "Safe
Web Design Re-examined", de autoria de
George Penston, publicado no site creativepro.com,
onde o autor questiona se ainda seriam relevantes
certos padrões de design para a web.
Há uns cinco anos atrás, alguns
pioneiros da (então em formação)
comunidade de webdesigners começaram a
estabelecar certos padrões, para tentar
lidar com a incerteza que era (ainda é!!!)
fazer design para a web.
Como a gente sabe, é impossível
prever a configuração do computador
onde nossas páginas estarão sendo
vistas, e todos os que se dedicam ao webdesign
já experimentaram a dor de cabeça
que esta imprevisibilidade pode causar.
640 x 480, 256 cores
a praga!
Como não poderia deixar de ser, estes padrões
foram sendo estabelecidos em função
do denominador comum mais baixo de configuração
provável de um visitante de um site. E
por muito tempo, este denominador comum significou
monitores de 14 polegadas com capacidade para
exibir 256 cores, com resolução
de parcos 640 x 480 pixels.
Mas isto foi à cinco anos atrás!
E certamente muita coisa (ainda bem!) mudou de
lá para cá. Mas parece que o webdesign
não vem acompanhando esta evolução.
Embora estejamos sempre preocupados com os mais
recentes plugins deste ou aquele programa de annimação,
som, etc., continuamos baseando nossos projetos
no velho paradigma: cores seguras (web safe palete)
e resolução de 640 x 480.
Claro que ainda há gente usando esta configuração
limitada, mas mesmo assim, pergunta o autor do
texto até que ponto nunca abrir
mão deste padrão, por causa de um
percentual mínimo de visitantes, não
estaria sacrificando o progresso do design para
a web? Quando é a hora certa para se livrar
das "antiguidades" tecnológicas
ultrapassadas e abraçar o novo?
Eu confesso que sempre fui um defensor de que
os sites deveriam caber inteiramente numa tela
de 640x480, de que não se deveria abusar
das cores "não seguras" (embora
aqui e alí eu cometesse um pecadinho, usando
uma cor "insegura", quando nenhuma das
"seguras" me agradava). Mas depois de
ler o texto de George Penston, minhas certeza
não são mais tão sólidas
assim.
novos dispositivos, novos
problemas
É válido lembrar que ao mesmo tempo
em que a resolução e no número
de cores simultâneas dos monitores foi crescendo,
novos dispositivos para a web surgiram, como a
WebTV, Palm Pilot, etc. E estes dispositivos são
normalmente ainda mais limitados do que os computadores
de cinco anos atrás.
Na minha opinião, estes dispositivos não
podem ser deixados de lado, mas também
não podemos prejudicar os sites atuais
em função das suas limitações.
O que me parece mais sensato, no caso em que o
site vai ser visitado por algum dispositivo alternativo,
é criar versões do site, adaptadas
para estes dispositivos.
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