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Santuário das Ninfas - 1999
impressão de imagem digital s/ papel.
Shrine of the Nymphs - prints of digital image.
dimensões variadas // variable dimensions

exposições // exhibitions:
- Nova Orlândia - RJ - 2001
- A95 - Centro Cultural Cândido Mendes - RJ - 1999

[ english version ]

O motor deste trabalho é a sombra como registro "fotográfico" (pois dependente da luz - fotografia: "escrita com a luz") de uma pessoa que passa. Entretanto, este registro está condenado ao desaparecimento instantâneo, pois não estará mais lá depois da passagem da pessoa pelo local. A sombra é uma imagem (representação) fotográfica que o suporte (solo) não é capaz de fixar.

Neste trabalho, a sombra, o instantâneo efêmero, é registrada (fixada), desprendida do objeto real (o corpo) que a projeta, deixa a posição horizontal de subordinada, assume a posição vertical que antes pertencia ao corpo do qual ela era dependente, e ganha autonomia, assume uma realidade própria, pois não necessita mais daquele objeto (o corpo) para existir.

Uma vez eternizada, a sombra tem o seu destino efêmero original alterado. Esta eternização de um momento fugaz acaba por torná-la mais presente e real do que o corpo que passou, do qual não sabemos mais nada. Sobrou apenas seu rastro, uma pista obscura da identidade desta pessoa, identidade esta não mais possível de ser restabelecida.

O nome deste trabalho (Santuário das Ninfas) parte do mito da origem da pintura, como narrado por Plínio, segundo o qual a pintura teria surgido em Corinto, quando pela primeira vez um contorno de uma sombra de um homem foi traçado em uma parede, que num estágio posterior, mais avançado, passou a ser preenchido por uma única cor. Plínio narra ainda a história de um ceramista, Dibutate de Corinto, que em consideração à sua filha, que havia traçado o retrato de seu amado a partir de sua sombra projetada na parede, pois este partia para o estrangeiro, fez um relevo de argila, modelado dentro deste contorno. Depois de seco, o retrato em argila foi colocado no Santuário das Ninfas.

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english version [ top ]

The starting point of this work is the shadow as a "photographic" record (once the shadow depends on the light to exist — photography: "writing with the light") of a person that passes by. However, this register is doomed to a fast immediate disappearance; it won't be there after the person is gone. The shadow is a photographic image (representation) that the support (the ground) is not able to record.

In this work, the shadow, the ephemeral snapshot, is registered, released from the real object (the body) that projects it, leaves the subordinated horizontal position, assumes the vertical position that belonged to the body of which it was dependent, and achieves autonomy, assumes a new reality on its own, once it does not need any longer that object (the body) to exist.

Once eternized, the shadow has its original ephemeral destination changed. The eternization of a ephemeral moment turns the shadow more present and real than the body that passed by — we do not know anything else about this body. From this body remains only a trace — a trace of an identity of a person, an identity wich is no longer possible to reestablish.

The name of this work (Shrine of the Nymphs) comes from the myth of the origin of the painting, as told by Pliny. According to this myth, the painting would have appeared in Corintus: the outline of a shadow of a man has been traced for the first time on a wall. Later, this outline has been filled with a single color. Pliny also tells the history of a potter, Dibutade of Corintus, that in consideration to his daughter, made a clay relief shaped by the outline on the wall of the shadow of his daughter's beloved husband, who was about to leave the country. Once it was dry, this portrait in clay has been placed in the Shrine of the Nymphs.

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